Sunday, May 29, 2011

O evento mais discutido pela mídia mundial nesta semana foi sem dúvida o discurso de Bibi perante o Congresso Americano na terça-feira. Primeiro porque nunca houve na história americana uma situação em que um líder estrangeiro tenha se oposto tão frontalmente à um presidente dos Estados Unidos numa visita oficial ao país. Alguns na mídia acharam um insulto mas a maioria dos jornalistas entendeu porque Netanyahu teve que fazer o que fez.

Há poucas ocasiões na História que oferecem a líderes de governos a oportunidade de mostrarem coragem. Oportunidades para se oporem ao caminho traçado por políticos mais preocupados com sua reeleição do que com consequencias futuras de seus atos. Antes e durante a Segunda Guerra Mundial houveram ocasiões como estas mas infelizmente os líderes europeus não estiveram à altura.

Nesta semana Benjamin Netanyahu mostrou aos Estados Unidos e ao mundo o que é ser um líder. E ao que parece isto não ocorreu de modo planejado.

Bibi pediu para falar ao Congresso americano para explicar o lado de Israel nesta obstinada proposta palestina de declaração unilateral de estado que eles pretendem em Setembro nas Nações Unidas. O primeiro ministro de Israel tentou evitar um confronto com o presidente Americano em Washington. Quatro dias antes do encontro na Casa Branca, ele falou na Knesset. E seu discurso foi o mais apaziguador de sua vida política. Nele, Bibi falou de concessões de territórios aos palestinos e até da evacuação de assentamentos mais remotos na Judéia e Samária. Ele também aludiu a manter apenas uma presença militar no Vale do Jordão em vez da soberânia israelense no local. Tanto estratégica como ideologicamente, este discurso na Knesset constituiu uma enorme concessão de Bibi a Obama e a Mahmoud Abbas. Com este discurso o primeiro ministro de Israel tinha certeza que não haveriam mais exigências americanas em sua visita a Washington e os palestinos teriam sua desculpa para voltarem à mesa de negociações.

Mas Obama também não perdeu esta oportunidade para perder uma oportunidade. Num ato traiçoeiro, o presidente esperou que Netanyahu subisse no avião, horas antes de seu encontro, para declarar ao seu Departamento de Estado, que estava totalmente adotando a posição palestina e exigindo que Israel aceite que as futuras negociações sejam baseadas nas indefensáveis e suicidas linhas de armistício de 1948.

Assim que Netanyahu soube do acontecido ele se deu conta que sua missão não era mais trabalhar com o presidente Obama mas impedi-lo de empurrar as relações entre os Estados Unidos e Israel num precipício.

Bibi não estava mais indo para Washington para louvar os pontos em comum da política americana com Israel mas para simplesmente explicar qual era a posição de Israel. Obama torceu o nariz e para Bibi a única coisa a fazer foi aceitar o desafio de unir o povo de Israel e o povo da América atrás de si. E para conseguir este feito como ele o fez de modo absolutamente brilhante, Bibi mostrou ao povo Americano sua visão do que Israel é e quais são seus valores.

Israel hoje é o alvo de uma forte campanha internacional de demonização e deslegitimação. É como se o mundo inteiro tivesse decidido que simplesmente Israel e os judeus não têm o direito de existir. Aí Obama pega o microfone na quinta-feira e diz que Israel deve se render. Deve entregar numa bandeja sua capacidade de defesa para dar lugar à um estado palestino liderado por terroristas dedicados unicamente à sua destruição.

Netanyahu então chegou em Washington e disse “Chega! Já engulimos bastante destas tonteiras perigosas”. E sabe o que? Sentimos algo que não sentíamos há muito tempo. Sentimos orgulho. Sentimos que tinhamos um líder e ficamos aliviados.

O povo Americano, que demonstrou seu apoio a Israel por seus representantes no Congresso na terça-feira, também se sentiu orgulhoso e aliviado. Isto porque não só Netanyahu conseguiu lembra-los porque eles estão do lado de Israel, mas lembrou-os porque todos aqueles que verdadeiramente amam a liberdade ficam do lado da América.

As incontáveis vezes que os senadores e congressistas se colocaram de pé para aplaudir Netanyahu – muito mais que a Obama em seu discurso sobre o estado da nação – mostraram não só solidariedade para com o povo de Israel mas com alguém que verdadeiramente defende os valores americanos.

Desde que assumiu o governo, Obama tem viajado o mundo pedindo desculpas pela grandeza da América e sua liderança. Ele têm dado lições de moral aos seus cidadãos sobre a necessidade de subordinar os interesses do país a organizações internacionais gerenciadas por burocratas, como as Nações Unidas. Organizações que são controladas por ditaduras que odeiam as liberdades americanas.

Aí aparece um líder aliado que vem lembra-los porque a América é a nação que lidera o mundo. Que lidera por direito, não por coincidência histórica.

A resposta do Congresso pôde ser vista imediatamente depois do discurso quando tanto o líder dos republicanos como o líder dos democratas sentiram necessário se distanciar das declarações de Obama sobre as fronteiras de Israel.

A liderança de Obama é do tipo subversivo. Líderes como ele escondem seus objetivos porque sabem que não terão o apoio do povo e depois apresentam um fato consumado e anunciam que somente eles são competentes para liderá-los durante a mudança radical que provocaram por trás das costas.

Obama sabe que o público americano não concorda com sua antipatia para com Israel mas mesmo assim ele adota políticas contra o estado judeu apesar de se dizer comprometido com sua segurança. Até agora suas políticas levaram à quase desintegração do acordo de paz com o Egito. Causaram a união da Fatah com o Hamas e o Irã (lembram?) continua em seu caminho para a bomba atômica.

A incrível mostra de liderança de Netanyahu esta semana prova que quando a democracia é bem usada ela é melhor forma de governo. E ele mostrou também a todos o que é ser um líder.

Certamente, as ameaças a Israel irão aumentar nos próximos meses. Os israelenses e seus amigos no mundo continuarão a orgulhosamente apoiar Netanyahu se ele continuar a liderá-los como o fez esta semana. Iremos agradece-lo por aceitar uma missão tão difícil mas acima de tudo, iremos admirá-lo por sua coragem e firmeza na defesa dos valores de liberdade americanos e da segurança e existência de Israel.

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