Sunday, January 24, 2016

O Assassinato de Dafna Meir - 24/1/2016

Esta semana assistimos em choque o enterro de Dafna Meir, uma israelense de 38 anos, assassinada por um palestino de 15 anos de idade. Além de seu marido, Dafna deixou seis órfãos e incontáveis pacientes que ela cuidava como enfermeira no hospital Ichilov. Também deixou várias famílias árabes beduínas que ela tratava como voluntária. Seu único crime foi o de ser judia. O pai do terrorista declarou na televisão palestina, que estava muito “orgulhoso” de seu filho.

Vendo que é mais fácil matar mulheres em suas casas, no dia seguinte, outro terrorista tentou matar uma mulher em estágio avançado de gravidez em outra comunidade. Desta vez, havia um segurança armado e o neutralizou. 

A mídia internacional e políticos da União Européia logo culparam a “ocupação” israelense por estes ataques de lobos solitários.

Como uma “ocupação” que já existe há quase 50 anos pode levar um menino de 13 ou 15 anos a matar uma pessoa? Não existe explicação a não ser o constante incitamento ao terror institucionalizado pela Autoridade Palestina. Nesta semana uma menina de quatro anos recitou um verso na televisão oficial de Mahmoud Abbas, louvando os terroristas e dizendo que irá libertar Haifa, Tel Aviv, Acre e Lod. O que uma menina de quatro anos pode entender de ocupação a não ser a lavagem cerebral comandada por seus líderes que não têm qualquer problema em lhe roubar a infância? Para isso, o mundo fecha os olhos mas os voltam fixamente para acusar Israel.

Nesta semana vimos também a primeira leva de suspensões de sanções contra o Irã. Para comemorar a transferência de mais de 100 bilhões de dólares para os mulás, John Kerry, o secretário de estado americano, em uma entrevista para a CNBC, concedeu que parte desta fortuna irá de fato patrocinar grupos terroristas. Wow! Não era este um dos argumentos dos que se opunham ao acordo e que Obama tranquilizou com promessas de fiscalização?

Também nesta semana tivemos o discurso do embaixador americano em Israel, Dan Shapiro, no qual ele acusou Israel de ter duas leis na Judeia e Samaria, uma para israelenses e uma para os palestinos. De fato, há duas leis. Os israelenses têm que cumprir as leis de Israel e aos palestinos se aplica a lei do império otomano que regia em 1967. Isto é um mandamento da lei internacional que proíbe um exercito de ocupação de mudar a lei local. Mas não foi isso o que Shapiro quis dizer. O que ele quis insinuar é que israelenses que violam a lei não são punidos, enquanto palestinos o são.  Finalmente, também tivemos uma declaração da União Europeia chamando os assentamentos um obstáculo para a paz, pois ameaçam a viabilidade da solução de dois estados.

A suspensão das sanções contra o Irã e as declarações de Shapiro e da União Européia são parte de uma mesma ofensiva contra Israel, liderada pelo presidente Obama.

Quando Obama falou na Assembléia Geral da ONU em 2013, ele disse que seus dois objetivos primordiais eram um acordo nuclear com o Irã e um acordo de paz entre Israel e os palestinos. Agora que ele conseguiu o primeiro, ele irá se concentrar no segundo. E Israel tem que se preparar para uma onde de pressão sem precedentes por parte desta administração nestes últimos meses da presidência de Obama, especialmente quanto aos assentamentos.

Obama tem apenas alguns meses para consolidar sua política interna e externa e assim preservar seu legado. Ainda, há especulação sobre as ambições de Obama após a presidência, de se tornar o próximo secretário-geral da ONU.

É neste contexto que temos que analisar os comentários do embaixador americano. Shapiro até agora se manteve neutro entre Obama e Netanyahu. O espantoso tom acusador de seu discurso foi sem dúvida mandado pela Casa Branca.

Obama quer causar uma pressão da opinião pública para forçar mudanças na política israelense. Ele acredita que se conseguir que a União Européia, a ONU e organizações de direitos humanos se concentrem nos assentamentos, ele abrirá um caminho para um acordo. Claramente, ele não conhece os israelenses. Quanto mais pressão exterior, mais resistência será criada em Israel ainda mais na corrente onda de terror. Além disso, e mais importante, ao pressionar Israel ele endurecerá a posição dos palestinos quanto a qualquer concessão que facilitaria as negociações, sem falar de um acordo.

As declarações de Shapiro causaram uma resposta furiosa de Netanyahu e com razão. Imaginem se o embaixador israelense em Washington decidisse discursar sobre o padrão duplo usado por policiais brancos em relação aos negros americanos.  Seria um escândalo, uma ingerência em assuntos internos de outro país.  Obama neste caso, não está questionando só a aplicação da lei na Judéia e Samaria mas os próprios valores democráticos que unem Israel aos Estados Unidos e assim criar uma imagem fantasiosa de um apartheid. Isto será usado como desculpa para os Estados Unidos efetivamente se distanciarem de Israel.

Como Israel poderá se defender de um ataque diplomático coordenado pelos Estados Unidos e os Europeus e ao mesmo tempo prevenir o continuo assassinato de seus cidadãos pelos palestinos?

Israel precisa se engajar numa ofensiva de relações públicas contra estes argumentos falsos sobre os assentamentos e sobre os ataques contra seus civis. Estes não são lobos solitários, mas o resultado de um sistema educacional que ensina crianças a contar não laranjas mas israelenses mortos. Um sistema em que a mídia glorifica os assassinos e em que o governo tabela salários para terroristas com base na crueldade do ataque. Israel deve direcionar suas declarações para a sociedade palestina como um todo, uma sociedade antissemita que aplaude o barbarismo e que não desvia de seu objetivo de  destruir o estado judeu.

Ofensivas como estas funcionam. Na semana passada, o canal 2 de televisão israelense mostrou um documentário sobre como grupos de esquerda em Israel patrocinados por países europeus, trabalham para a Autoridade Palestina, delatando árabes que venderam propriedades para judeus. Entre eles, um “ativista sênior” do grupo Ta’ayush, Ezra Nawi junto com Nasser Nawaja do Be’tselem, foram filmados a caminho de entregarem para as forças de segurança palestina, nomes destes árabes para serem presos e mortos. No vídeo, Nawi rindo, disse que antes de serem mortos eles seriam bem torturados.

Este vídeo causou um debate acirrado no Parlamento inglês levantando a questão de como o governo britânico poderia continuar a patrocinar o Be’tselem com dinheiro dos seus contribuintes, levando palestinos à sua morte.

Israel precisa desmascarar a Autoridade Palestina. Suas próprias pesquisas de opinião mostram que 67% de seus cidadãos apoiam o uso de facas para matar israelenses. Palestinian Public Opinion Poll No (58), Palestinian Center for Policy and Survey Research, December 2015.

Há algo vil do modo que representante de outros países se permitem repreender Israel de um modo que eles nunca fariam em qualquer outro país. O Paquistão, por exemplo, continua com práticas culturais e religiosas que ameaçam mulheres, forçando meninas a casarem, ataques com ácido e punições por apedrejamento. Alguém poderia imaginar um embaixador Americano repreendendo publicamente seu anfitrião sobre a desigualdade entre os sexos na sociedade paquistanesa? Ou na Arábia Saudita aonde é crime passível de severa punição ter em sua posse uma Bíblia ou um artefato de outra religião. Imaginem o embaixador americano castigando o monarca por sua falta de liberdade de culto? Então, é democrático ter uma lei para muçulmanos e uma para não-muçulmanos?

Ou a Malásia ou a Indonésia nas quais a lei muçulmana da Sharia resultou na perseguição institucionalizada da comunidade LBGT? Imaginem o embaixador americano protestando a discriminação nestes países?

Mas claro, a insistência no principio de dois estados também vai contra o comprometimento Americano de defender a “Liberdade de culto, o direito das mulheres, dos gays, e da manutenção da lei”.  Isto porque no caso de termos um estado palestino, ele não será outra coisa além de mais uma tirania muçulmana homofóbica, em que mulheres são tratadas como propriedade, e aonde não haverá liberdade de culto para cristãos e muito menos para judeus. A antítese dos nobres valores que Obama diz defender. Vai entender.

Vai entender também o fato do mundo ter aceito um Irã nuclear mas ainda não consegue entender a vontade de judeus de viverem em sua terra ancestral.


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