Sunday, January 31, 2016

O Dia de Lembrança do Holocausto e a Hipocrisia da ONU - 31/1/2016

No começo da semana que passou o Secretário Geral da ONU Ban Ki-Moon, resolveu nos dar uma lição. Durante uma discussão sobre a situação no Oriente Médio, com a região em fogo, milhares de mortos e milhões de refugiados, o que o incomodou foi a construção em assentamentos na Judéia e Samária. Ele disse que é da “natureza humana resistir à ocupação”. Nestes quatro meses de insanidade em Israel em que dezenas de civis perderam suas vidas, esfaqueados, atropelados e fuzilados imagino se é também a “natureza da ONU”, dar legitimidade aos palestinos para matar judeus.

Ban Ki-Moon disse que “a frustração palestina está aumentando baixo ao peso de meio século de ocupação e a paralise do processo de paz. E que povos oprimidos demonstraram durante séculos que é natural reagir à ocupação que frequentemente serve como um incubador de ódio e extremismo”.

Com estas palavras, o presidente da organização que congrega a maioria das nações do mundo, essencialmente justificou o terrorismo. Não há como descrever esta posição além de vergonhosa, infame, perigosa, grosseira, um testamento à ignorância e acima de tudo à hipocrisia.  

Isto na mesma semana em que Shlomit Krigman uma linda jovem de 23 anos, foi assassinada por dois palestinos em frente a um supermercado. Seus pais nunca a verão casar, e nunca segurarão os netos que ela lhes daria. Na mesma semana em que a ONU e o resto do mundo, hipocritamente comemoraram o Dia de Lembrança do Holocausto.

Pois é, o mundo ama comemorar judeus mortos enquanto vilifica os judeus vivos.

O problema é que a ONU é só um reflexo do que está realmente se passando através do mundo. A Ministra das Relações Exteriores da Suécia, falando no dia de Lembrança do Holocausto disse que seu país está “trabalhando para fortalecer a cultura e o diálogo e promover valores democráticos e minar as condições que promovem o extremismo”. Esta é a mesma Walstrom que desculpa e justifica o terrorismo palestino e exige uma investigação para determinar se a autodefesa de cidadãos israelenses constituem assassinatos “extrajudiciais” de palestinos.

Dá para ser mais hipócrita que isso? Dá. Especialmente de países que se gabam de ter salvado judeus durante a Segunda Grande Guerra, como os dinamarqueses. Numa troca na página do Facebook de um jornalista dinamarquês esta semana que falava sobre a última onda de terror e os judeus mortos na Judeia e Samaria, os leitores basicamente disseram que como os judeus eram “colonos” e “criminosos de guerra” e “ladrões”, eles não tinham o direito a autodefesa. Implicitamente, para estes dinamarqueses judeus presentes na Judeia e Samaria não têm direito de viver. Esta é a visão de muitos europeus hoje.

O insulto não parou aí. Na mesma semana da comemoração do Dia da Lembrança do Holocausto, a Europa recebeu com pompa e honras um dos regimes mais ativos na promoção da negação do Holocausto. O presidente do Irã Hassan Rouhani foi recebido em Roma, no Vaticano e em Paris. Como sinal nauseante de subserviência e humilhação, as autoridades em Roma decidiram cobrir as maravilhosas estátuas de Michelangelo e Bernini na cidade para não “ofender” as sensibilidades de Rouhani. O papa não ficou atrás. Com o Irã liderando a limpeza étnica dos cristãos no Oriente Médio, prendendo pastores e padres e executando qualquer muçulmano que pense a se converter ao cristianismo, Sua Santidade mandou encaixotar obras de arte, artefatos e símbolos cristãos que poderiam queimar os olhos de Rouhani.

Estas ações foram muito ridicularizadas na mídia social da Itália. O jeito de promover cultura então é de escondê-la destes atrasados! Mas ninguém ridicularizou o Irã por promover uma competição de cartunistas para zombarem do Holocausto, com um prêmio de $50,000 para o primeiro lugar. Ou sobre o vídeo repugnante publicado pelo Supremo Líder Ali Khamenei, negando mais uma vez o holocausto ambos no próprio dia em que o mundo celebrava o Dia da sua Lembrança.

Enquanto a Europa diz lembrar os judeus mortos pela Shoah ela não só legitima o regime que prometeu apagar Israel do mapa mas continua sua campanha contra os judeus que vivem em Israel.  

O patrocínio do terrorismo da Autoridade Palestina pela Europa é legendário. A maioria do dinheiro de “ajuda humanitária” europeia vai para as famílias de terroristas que recebem salários milionários. Quando pressionado pela imprensa ocidental, Mahmoud Abbas deu a explicação absurda que pagar os terroristas era uma “tradição” palestina que vem da época de Yasser Arafat!!!.

Per capita, a Autoridade Palestina recebeu e continua a receber mais ajuda externa do que qualquer outra nação no mundo, sendo mais de $800 milhões por ano em média, para 1.5 milhões de palestinos da Judeia e Samária. Os palestinos recebem $170 por pessoa enquanto os sírios, que estão vivendo em tendas na Jordânia há mais de 5 anos, recebem só $100 por pessoa.

A rotulação de produtos da Judeia e Samária é outra medida com a qual a Europa demonstra sua posição real em relação a Israel. A terceira medida que é muito pouco falada, é o financiamento de construção árabe ilegal na área C da Judeia e Samária, área que no consenso, deverá ser anexada por Israel no final das negociações. Nesta quarta-feira, a União Europeia aprovou 9.5 milhões de euros para “projetos de infraestrutura social” dos palestinos na Área C. Isto é abertamente a promoção de construção ilegal árabe nos blocos judaicos diretamente afetando qualquer resolução pacífica do conflito.

A última medida, que também recebe pouca atenção da mídia, é o patrocínio por governos europeus de ONGs árabes e de esquerda que têm como objetivo primordial desacreditar Israel nos olhos do mundo, promovendo o discurso palestino e perpetuando estereótipos e mentiras sobre a suposta crueldade da “ocupação” ao redor do mundo.

A hipocrisia de celebrar os judeus mortos, de construir monumentos em sua memória  enquanto se tomam medidas para perseguir e incitar a opinião pública contra os que vivem é um passatempo perigoso para o mundo. Sabemos que o que começa com os judeus, nunca termina com os judeus.

Voltando a Ban Ki-Moon ele disse que o Holocausto foi um crime colossal. Que este ano, ele estava focado não só no Holocausto mas também na Dignidade Humana. Para isso ele uniu a lembrança do Holocausto com os princípios fundadores das Nações Unidas, como expressos em sua Carta-régia e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Ele lembrou ao mundo de nossa obrigação de assegurar a todos o direito de viver livre de discriminação e com a mesma proteção de acordo com a lei. Ele deveria sim traduzir isto para o árabe e o persa e ver o que estes países pensam disto.

Aí ele disse que precisamos fazer mais contra o aumento do antissemitismo e anti-islamismo e outras formas de discriminação.

Ele quer comparar o antissemitismo com o anti-islamismo? Sério? Há alguma comparação possível?

Seria bom se pelo menos uma vez o mundo nos poupasse do panegírico pomposo e de mau-gosto sobre nossos antepassados mortos ao mesmo tempo que trabalha fervorosamente para nos aniquilar no presente.

Seria bom se pelo menos um ano, o mundo nos poupasse de suas lições hipócritas e nos deixasse chorar nossos mortos em paz, o milhão de bebês e crianças judias assassinados nas câmaras de gás que poderiam ter contribuído tanto não só para a continuidade do povo judeu mas para a humanidade como um todo. É por causa deles, em honra deles, que os judeus vivos hoje se defendem. E ao faze-lo estamos dizendo alto e claro para o mundo: chega de sua hipocrisia. Vocês podem nos condenar. Condenem a vontade. Preferimos suas condenações a suas condolências.




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