No começo da semana que passou o Secretário
Geral da ONU Ban Ki-Moon, resolveu nos dar uma lição. Durante uma discussão
sobre a situação no Oriente Médio, com a região em fogo, milhares de mortos e
milhões de refugiados, o que o incomodou foi a construção em assentamentos na
Judéia e Samária. Ele disse que é da “natureza humana resistir à ocupação”.
Nestes quatro meses de insanidade em Israel em que dezenas de civis perderam
suas vidas, esfaqueados, atropelados e fuzilados imagino se é também a “natureza
da ONU”, dar legitimidade aos palestinos para matar judeus.
Ban Ki-Moon disse que “a frustração
palestina está aumentando baixo ao peso de meio século de ocupação e a paralise
do processo de paz. E que povos oprimidos demonstraram durante séculos que é natural
reagir à ocupação que frequentemente serve como um incubador de ódio e
extremismo”.
Com estas palavras, o presidente da
organização que congrega a maioria das nações do mundo, essencialmente
justificou o terrorismo. Não há como descrever esta posição além de vergonhosa,
infame, perigosa, grosseira, um testamento à ignorância e acima de tudo à
hipocrisia.
Isto na mesma semana em que Shlomit Krigman
uma linda jovem de 23 anos, foi assassinada por dois palestinos em frente a um
supermercado. Seus pais nunca a verão casar, e nunca segurarão os netos que ela
lhes daria. Na mesma semana em que a ONU e o resto do mundo, hipocritamente
comemoraram o Dia de Lembrança do Holocausto.
Pois é, o mundo ama comemorar judeus mortos
enquanto vilifica os judeus vivos.
O problema é que a ONU é só um reflexo do
que está realmente se passando através do mundo. A Ministra das Relações
Exteriores da Suécia, falando no dia de Lembrança do Holocausto disse que seu
país está “trabalhando para fortalecer a cultura e o diálogo e promover valores
democráticos e minar as condições que promovem o extremismo”. Esta é a mesma
Walstrom que desculpa e justifica o terrorismo palestino e exige uma
investigação para determinar se a autodefesa de cidadãos israelenses constituem
assassinatos “extrajudiciais” de palestinos.
Dá para ser mais hipócrita que isso? Dá.
Especialmente de países que se gabam de ter salvado judeus durante a Segunda
Grande Guerra, como os dinamarqueses. Numa troca na página do Facebook de um
jornalista dinamarquês esta semana que falava sobre a última onda de terror e
os judeus mortos na Judeia e Samaria, os leitores basicamente disseram que como
os judeus eram “colonos” e “criminosos de guerra” e “ladrões”, eles não tinham
o direito a autodefesa. Implicitamente, para estes dinamarqueses judeus presentes
na Judeia e Samaria não têm direito de viver. Esta é a visão de muitos europeus
hoje.
O insulto não parou aí. Na mesma semana da
comemoração do Dia da Lembrança do Holocausto, a Europa recebeu com pompa e
honras um dos regimes mais ativos na promoção da negação do Holocausto. O
presidente do Irã Hassan Rouhani foi recebido em Roma, no Vaticano e em Paris.
Como sinal nauseante de subserviência e humilhação, as autoridades em Roma
decidiram cobrir as maravilhosas estátuas de Michelangelo e Bernini na cidade para
não “ofender” as sensibilidades de Rouhani. O papa não ficou atrás. Com o Irã
liderando a limpeza étnica dos cristãos no Oriente Médio, prendendo pastores e
padres e executando qualquer muçulmano que pense a se converter ao
cristianismo, Sua Santidade mandou encaixotar obras de arte, artefatos e
símbolos cristãos que poderiam queimar os olhos de Rouhani.
Estas ações foram muito ridicularizadas na
mídia social da Itália. O jeito de promover cultura então é de escondê-la
destes atrasados! Mas ninguém ridicularizou o Irã por promover uma competição de
cartunistas para zombarem do Holocausto, com um prêmio de $50,000 para o
primeiro lugar. Ou sobre o vídeo repugnante publicado pelo Supremo Líder Ali
Khamenei, negando mais uma vez o holocausto ambos no próprio dia em que o mundo
celebrava o Dia da sua Lembrança.
Enquanto a Europa diz lembrar os judeus
mortos pela Shoah ela não só legitima o regime que prometeu apagar Israel do
mapa mas continua sua campanha contra os judeus que vivem em Israel.
O patrocínio do terrorismo da Autoridade
Palestina pela Europa é legendário. A maioria do dinheiro de “ajuda
humanitária” europeia vai para as famílias de terroristas que recebem salários
milionários. Quando pressionado pela imprensa ocidental, Mahmoud Abbas deu a
explicação absurda que pagar os terroristas era uma “tradição” palestina que
vem da época de Yasser Arafat!!!.
Per capita, a Autoridade Palestina recebeu
e continua a receber mais ajuda externa do que qualquer outra nação no mundo,
sendo mais de $800 milhões por ano em média, para 1.5 milhões de palestinos da
Judeia e Samária. Os palestinos recebem $170 por pessoa enquanto os sírios, que
estão vivendo em tendas na Jordânia há mais de 5 anos, recebem só $100 por
pessoa.
A rotulação de produtos da Judeia e Samária
é outra medida com a qual a Europa demonstra sua posição real em relação a Israel.
A terceira medida que é muito pouco falada, é o financiamento de construção
árabe ilegal na área C da Judeia e Samária, área que no consenso, deverá ser
anexada por Israel no final das negociações. Nesta quarta-feira, a União Europeia
aprovou 9.5 milhões de euros para “projetos de infraestrutura social” dos
palestinos na Área C. Isto é abertamente a promoção de construção ilegal árabe
nos blocos judaicos diretamente afetando qualquer resolução pacífica do
conflito.
A última medida, que também recebe pouca
atenção da mídia, é o patrocínio por governos europeus de ONGs árabes e de
esquerda que têm como objetivo primordial desacreditar Israel nos olhos do
mundo, promovendo o discurso palestino e perpetuando estereótipos e mentiras
sobre a suposta crueldade da “ocupação” ao redor do mundo.
A hipocrisia de celebrar os judeus mortos,
de construir monumentos em sua memória
enquanto se tomam medidas para perseguir e incitar a opinião pública
contra os que vivem é um passatempo perigoso para o mundo. Sabemos que o que
começa com os judeus, nunca termina com os judeus.
Voltando a Ban Ki-Moon ele disse que o
Holocausto foi um crime colossal. Que este ano, ele estava focado não só no
Holocausto mas também na Dignidade Humana. Para isso ele uniu a lembrança do
Holocausto com os princípios fundadores das Nações Unidas, como expressos em
sua Carta-régia e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Ele lembrou ao mundo de nossa obrigação de
assegurar a todos o direito de viver livre de discriminação e com a mesma
proteção de acordo com a lei. Ele deveria sim traduzir isto para o árabe e o
persa e ver o que estes países pensam disto.
Aí ele disse que precisamos fazer mais
contra o aumento do antissemitismo e anti-islamismo e outras formas de
discriminação.
Ele quer comparar o antissemitismo com o
anti-islamismo? Sério? Há alguma comparação possível?
Seria bom se pelo menos uma vez o mundo nos
poupasse do panegírico pomposo e de mau-gosto sobre nossos antepassados mortos ao
mesmo tempo que trabalha fervorosamente para nos aniquilar no presente.
Seria bom se pelo menos um ano, o mundo nos
poupasse de suas lições hipócritas e nos deixasse chorar nossos mortos em paz,
o milhão de bebês e crianças judias assassinados nas câmaras de gás que
poderiam ter contribuído tanto não só para a continuidade do povo judeu mas
para a humanidade como um todo. É por causa deles, em honra deles, que os judeus
vivos hoje se defendem. E ao faze-lo estamos dizendo alto e claro para o mundo:
chega de sua hipocrisia. Vocês podem nos condenar. Condenem a vontade.
Preferimos suas condenações a suas condolências.
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