Infelizmente começamos o ano com mais
violência no Oriente Médio além das ameaças já existentes na Europa e nos
Estados Unidos. A França diminuiu as comemorações do Final de Ano
restringindo-as a um show de luzes no Arco do Triunfo. A Belgica simplesmente
cancelou os fogos anuais. Em Munique, na Alemanha, as estações centrais de trem
e metrô foram fechadas com a ameaça de ataque por um homem-bomba. Aqui nos
Estados Unidos, as cidades de Los Angeles, Miami e Nova Iorque redobraram a
presença policial. Somente em Times Square tivemos 6 mil policiais revistando e
patrulhando a praça para proteger o milhão de participantes que foram contar os
minutos finais de 2015 e receber 2016.
Tudo isso cortesia do jihadismo islamico
que continua a minar nossas liberdades e a ameaçar nosso modo de vida.
Com a retomada de Ramadi pelas forças
iraquianas, e o encolhimento do território dominado pelo Estado Islâmico,
deveriamos ver uma redução nestas ameaças. Mas não é isto o que está
acontecendo. Os tentáculos do grupo ainda alcançam os mais impressionáveis ao
redor do mundo para perpetrarem ataques.
Na véspera do Ano Novo, um rapaz de 25 anos
de idade, Emanuel Lutchman, um convertido ao islamismo, foi preso e acusado de
planejar um massacre num restaurante em sua cidade de Rochester em nome do
Estado Islâmico. Segundo ele, seu plano era de matar o maior numero de pessoas
possível com facas e pegar reféns. Conforme seu depoimento, ele queria tirar
vidas em nome do grupo.
No Oriente Médio, no entanto, neste final
de semana, tivemos a invasão da embaixada e de um consulado da Arábia Saudita
no Irã. Os manifestantes colocaram fogo nos imóveis e destruíram o que puderam.
Isto em protesto à execução em massa de 47 prisioneiros, inclusive um clérigo xiita
famoso, Nimr al-Nimr, que liderou protestos por reformas e direitos iguais aos
xiitas no reino saudita. A maioria dos 47 foi decapitada de acordo com a lei
islâmica enquanto outros foram fuzilados. Nimr foi condenado por subversão,
disobediencia e por portar uma arma.
Toda semana a Arábia Saudita executa
prisioneiros por crimes como feitiçaria, apostasia e adultério. Estas, no
entanto, de manifestantes xiitas podem sim incendiar ainda mais a região. Protestos
no Iraque, em Bahrain, Yemen, Paquistão e até frente a embaixada saudita em
Londres e outras capitais da Europa rapidamente se formaram. O governo iraniano
já ameaçou dizendo que a familia real saudita pagará um preço alto pela morte
do clerigo e a reinado respondeu chamando o Irã de irresponsável pela
condenação.
Ban-Ki-Moon, secretario geral da ONU se
disse simplesmente “chocado” com as execuções. Mas ninguém chamou por uma
reunião de emergência do Conselho de Segurança ou qualquer coisa do tipo. Isto
só acontece quando Israel está de algum modo envolvida.
Será muito interessante ver a reação do
governo de Dilma. Alguém deveria perguntar se a posição do governo brasileiro é
de apoio às execuções. Se for contra, então no mínimo ela deveria chamar o
embaixador brasileiro de volta para “consultas”, como fez com o embaixador em
Tel Aviv, durante a guerra de defesa que Israel teve que promover contra a
agressão do Hamas em 2014.
Em Israel, na sexta-feira, um árabe
israelense pegou a arma de seu pai, um policial árabe da força de Israel e
calmamente atirou contra civis num bar. Seu ataque foi muito bem planejado
apesar da familia dizer que ele tem disturbios mentais. Este terrorista já
passou alguns anos em prisões israelenses por tentar roubar uma arma de um
soldado em 2007. Dois jovens morreram, elevando o numero de mortos judeus nesta
última onde de terror palestino para 27.
Mas a mídia internacional esta manhã está
em primeiro lugar focada nos ataques à embaixada saudita. Mas logo em seguida está
Israel. Não sobre o ataque de sexta-feira que deixou dois mortos e vários
feridos, ou o fato do terrorista ter fugido e as escolas e outros lugares
públicos em Tel Aviv estarem sob pesada vigilancia. A notícia que ganhou as
manchetes é o indiciamento de dois israelenses pelo ataque à familia árabe
Dawabshe residentes na Cisjordânia.
Muitos ouvintes me enviaram emails para eu
me manifestar sobre o que definiram como terrorismo judeu.
Para mim, não há diferença entre terrorismo
árabe e judeu. Os dois devem ser punidos igualmente. Mas há sim diferença em
como as comunidades recebem e aceitam estes ataques. Repetidamente, árabes,
inclusive membros da knesset, chamam estes terroristas palestinos de mártires.
Suas familias são recebidas como heróis e do ataque para frente, passam a
receber salários de ministros pela Autoridade Palestina independentemente da
crueldade dos assassinos, inclusive contra crianças. Diferentemente, em Israel,
não há pessoa que não condene ataques contra civis inocentes. Inclusive a
própria familia e rabinos dos perpetradores.
Estes irresponsáveis não são recebidos como
heróis e suas familias devem gastar todos seus recursos com advogados e a
vergonha os segue para sempre.
O terrorismo perpetrado por judeus deve ser
condenado e punido severamente. Felizmente eles podem ser contados em uma
mão.
Gostaria de ter a esperança que o ano de
2016 trouxesse um pouco mais de razão e menos fanatismo ao mundo, mas pela
amostra que já tivemos nestes dois primeiros dias, não parece ser este o caso.
De qualquer forma, gostaria de desejar a
todos um bom ano, um ano de saúde, boas noticias, amor, sucesso e pelo menos
paz de espírito se não for paz no mundo.
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