Sunday, May 30, 2021

O Brasil no Muro da Comissão dos Direitos Humanos - 30/05/2021

A Organização das Nações Unidas nunca perde a oportunidade de mostrar ao mundo o quanto é contra o Estado de Israel.

Na quinta-feira, testemunhamos o exemplo mais recente, quando o Conselho de Direitos Humanos aprovou uma proposta para lançar uma investigação contra Israel por supostos crimes de guerra, incluindo durante o recente conflito com o Hamas em Gaza. A resolução também pediu um embargo de armas contra Israel.

A proposta foi aprovada em uma votação de 24-9, enquanto 14 países dos 47 membros se abstiveram. Entre eles, tristemente, o Brasil.

Os países que tiveram a clareza moral de se oporem a esta resolução absurda foram: a Áustria, Bulgária, Camarões, República Tcheca, Alemanha, Malaui, Ilhas Marshall, Reino Unido e Uruguai.

Outros 13 países se juntaram ao Brasil em seu silêncio vergonhoso.

É a primeira vez que o Conselho de Direitos Humanos da ONU cria uma missão permanente para investigar um estado membro da ONU. Não criou uma missão sobre os crimes de guerra cometidos pela Síria quando gaseou seus próprios cidadãos, sobre os abusos de direitos humanos na China – que tem mais de um milhão de Uigurs em campos de concentração -, nenhuma missão com relação ao Irã que continua a enforcar homossexuais e a executar críticos do governo, incluindo atletas olímpicos. Isto é ou não é o Conselho de Direitos Humanos?

 O Ministério das Relações Exteriores de Israel, como esperado, declarou imediatamente que não irá cooperar com a investigação. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que essa “vergonhosa decisão ... é mais um exemplo da flagrante obsessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU contra Israel.

“Mais uma vez, uma maioria automática imoral do Conselho encobre uma organização terrorista genocida que alveja deliberadamente civis israelenses e usa os civis de Gaza como escudos humanos. E ao mesmo tempo retrata uma democracia que age legitimamente para proteger seus cidadãos de milhares de ataques de mísseis indiscriminados como a ‘parte culpada’. Esta paródia zomba do direito internacional e incentiva terroristas em todo o mundo”.

A Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, disse que a “comissão de inquérito” examinaria incidentes ocorridos antes e depois do dia 13 de abril de 2021 dentro de Israel, incluindo Jerusalém, bem como na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Mas já no debate ela alertou que as ações de Israel já poderiam constituir “crimes de guerra”. Assim, esta imbecil já mostrou suas cartas e não importa o que se apure ou se deixe de apurar: Israel será culpada.

A decisão de pedir tal investigação foi desencadeada pela guerra de 11 dias entre Israel e o grupo terrorista Hamas e foi apresentada pela Autoridade Palestina e pelo Paquistão em nome da Organização de Cooperação Islâmica reiterando seu pedido para um embargo mundial de armas contra Israel.

Esta votação não é nada menos que uma bênção para o terrorismo. O Hamas, como esperado, saudou a decisão e disse que suas ações - o lançamento de mais de 4.300 mísseis contra Israel, constituíram uma "resistência legítima".

Olhar os países que apoiaram a abertura da investigação de crimes de guerra é bastante revelador. Há a China, a Rússia, o Paquistão, Cuba, Líbia e Venezuela. O fato de que esses países tenham até mesmo um assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU é em si um absurdo, quanto mais se posicionarem do lado dos direitos humanos contra Israel, a única democracia do Oriente Médio.

Apesar dos Estados Unidos não serem membros do Conselho, sendo só observadores, disseram que foi "profundamente lamentável" que a votação tenha ocorrido "enquanto nós e outros trabalhamos para defender e fortalecer o cessar-fogo e garantir a assistência humanitária a Gaza". Sua missão acrescentou que a criação de uma investigação "ameaça pôr em perigo o progresso que foi feito nas últimas semanas ... Continuaremos a defender que Israel seja tratado com justiça no Conselho de Direitos Humanos."

O Embaixador de Israel na ONU em Genebra, Meirav Eilon Shahar, alertou o Conselho contra fazer uma equivalência moral entre Israel e o Hamas, observando que três dias antes do início da guerra de Gaza, um de seus líderes pediu para cortar as cabeças dos judeus.

“Em 7 de maio, um líder sênior do Hamas, Fathi Hammad, incitou todos os árabes a “cortar as cabeças dos judeus com facas”. Três dias depois, o Hamas, uma organização terrorista racista e genocida, lançou um ataque não provocado e injustificado contra a população civil em Israel, enquanto cinicamente escondia sua infraestrutura militar no meio da população civil de Gaza. Isso constitui um duplo crime de guerra ", disse Shahar. Ela ainda disse aqueles que apóiam os palestinos deveriam condenar o Hamas.

“Os estados membros do Conselho de Direitos Humanos devem decidir hoje. Se são pró-palestinos ou pró-Hamas porque não dá para ser os dois”, disse Shahar. “Você não pode ser pró-palestino se não condenar o Hamas por usar seu próprio povo, como escudo humano. Você não pode ser pró-palestino se continuar a permitir que o Hamas use a ajuda internacional para construir uma infraestrutura de terror sob escolas, edifícios residenciais e hospitais”. Onde está a mídia para denunciar o fato que 700 mísseis que deveriam atingir Israel caíram na própria Faixa de Gaza matando sabe-se lá quantos?

O embaixador da Autoridade Palestina na ONU em Genebra, Ibrahim Khraishi, repetiu sua ladainha dizendo que estão sob "ocupação e o direito internacional garante o direito de defesa e de usar o que está ao seu alcance de acordo com o direito internacional”. Eu procurei, mas não encontrei em lugar nenhum que legítima defesa inclui começar uma guerra lançando mais de 4 mil mísseis sobre uma população civil.

O que esses países desconsideram é que a Operação Guardião das Muralhas foi a operação militar mais exata e precisa da história mundial. Israel lançou cerca de 1.000 bombas sobre 1.000 alvos. Qualquer outro exército que fizesse isso teria matado milhares de pessoas. Neste caso, Israel se esforçou para salvaguardar a vida de civis e, embora cada vida perdida seja trágica e lamentável, nunca antes uma força militar realizou ataques aéreos tão precisos como Israel.

Isso por si só é uma prova do investimento que Israel faz para salvar a vida de civis na Faixa de Gaza, que inclui ligações para os moradores evacuarem as casas e prédios antes de serem bombardeados. Nenhum outro exército no mundo vai tão longe para salvar a vida de seu inimigo.

E isso também deve ser dito: o lado responsável pelas mortes em Gaza não é Israel, mas o Hamas. Sim, é um avião israelense lançando uma bomba israelense, mas é o Hamas que propositalmente armazena e lança seus mísseis de áreas civis palestinas sobre áreas civis israelenses.

Este é o verdadeiro crime de guerra. O Hamas ganha de qualquer maneira. Se Israel não atacar suas plataformas de lançamento de mísseis e armazéns, então eles podem continuar a atacar indiscriminadamente. E se Israel atacar, eles terão dezenas de mortos, material fantástico para a mídia sedenta de sangue e de motivos para condenar Israel.

Ao abrir a investigação, a ONU está ao lado do Hamas e entregando a vitória ao terrorismo. Este é o problema real e precisa ser corrigido. Ficar sobre o muro, quieto, não promove mudança ou ajuda a trazer uma resolução justa. Não adianta termos líderes que se pronunciem a favor de Israel e denunciem o Hamas, como vimos durante os 11 dias de guerra se quando conta, nos fóruns mundiais, eles se calam.

Deveriam sim lembrar as palavras sábias de Martin Luther King: “Ao final lembraremos não das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.”

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