Na capital da
Holanda, há algumas semanas gangues violentas organizadas saíram às ruas
caçando torcedores israelenses de futebol forçando Israel a rapidamente evacuá-los
de volta ao país. O próprio rei holandês reconheceu que pela segunda vez, desde
o Holocausto, seu país falhou em proteger os judeus.
No meio
tempo, em Haia, a uns 65 km de distância de Amsterdã, outro ataque a Israel
estava sendo organizado, desta vez, um ataque vestido da mais alta
credibilidade. O promotor do Tribunal Penal em Haia, Karim Khan anunciou a
emissão de mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin
Netanyahu e o ex-ministro da defesa Yoav Gallant, o que os tornaria sujeitos à
prisão caso pisassem em qualquer um dos mais de 100 países que respeitam a
decisão do tribunal. A ironia é que a Holanda foi o primeiro país a anunciar
que cumpriria esses mandados de prisão.
E sim, este é
o mesmo Karim Khan que está sendo investigado por abuso e agressão sexual contra
várias vítimas. Khan, é claro, deve ser presumido inocente até que se prove o
contrário — é assim que deve funcionar um sistema de justiça. A menos que o
acusado seja o Estado de Israel.
Durante anos, o Tribunal Penal Internacional em Haia afirmava
ter reconhecido o sistema judicial de Israel como
imparcial e cumpridor do direito internacional e por isso sua
intervenção não era necessária. As decisões da Suprema Corte de Israel frequentemente provocaram
indignação entre oficiais e políticos do exército, pois eram vistas como
injustificadas e necessárias apenas para proteger os soldados do alcance do Tribunal
Penal
Internacional. Não mais.
A decisão deste
Tribunal não deve ser confundida com o julgamento que ocorre simultaneamente na
Corte Internacional de Justiça, também em Haia. O presidente da Corte, o
libanês muçulmano Nawaf Salam, é um ex-diplomata libanês conhecido por seu
ativismo anti-Israel que pulou na oportunidade de trazer um caso contra o
estado judeu.
Khan
inicialmente pediu mandados de prisão contra Netanyahu e Gallant, juntamente
com os líderes do Hamas Yahya Sinwar, Ismail Haniyeh e Mohammed Deif - os
arqui-terroristas mentores da invasão de 7 de outubro.
O absurdo é a
equivalência moral terrivelmente equivocada que busca colocar os açougueiros do
Hamas na mesma categoria dos líderes democraticamente eleitos de Israel defendendo
seu país. E para Khan parece irrelevante o fato de que os três terroristas já
estejam no inferno.
E a coisa não
pára com estes Tribunais. Um editorial do Wall Street Journal desta
semana noticiou que a ONU decidiu não renovar o contrato da Conselheira
Especial para a Prevenção do Genocídio Alice Wairimu Nderitu, uma jurista
keniana, porque ela se recusou a incluir as ações de Israel em Gaza como
"genocídio".
Parece que o
espírito do Hamas e Hezbollah não vive só nos túneis de terror de Gaza mas nos
corredores de Haia. Na narrativa palestina, eles são as vítimas, não os
perpetradores de 7 de outubro. As mais de 1.400 vítimas israelenses — aquelas
de todas as idades queimadas até a morte, decapitadas, mutiladas, estupradas ou
sequestradas — não contam para nada.
O foco está
nos moradores de Gaza mortos na guerra de defesa de Israel. E é sempre bom lembrar
que havia um cessar-fogo em vigor em 6 de outubro de 2023. O Hamas e o Jihad
Islâmico o quebraram durante sua invasão ao Sul, enquanto a Hezbollah se juntou
no dia seguinte com centenas de mísseis lançados indiscriminadamente contra o
Norte, cada um deles um crime de guerra não investigado.
As acusações
são absurdas. Khan decidiu que o tribunal havia encontrado "motivos
razoáveis" de que Netanyahu e Gallant cometeram o crime de guerra "de
usar a fome como método de guerra e crimes contra a humanidade".
A acusação de
fome é uma calúnia. Israel forneceu enormes quantidades de ajuda humanitária a
Gaza durante a guerra. Desde 7 de outubro, Israel entregou mais de 58.000
caminhões transportando mais de 1,3 milhão de toneladas de alimentos, remédios
e outros suprimentos em Gaza - excedendo em muito as necessidades humanitárias.
Em março e abril de 2024, o Sistema Internacional de Classificação da Fome confirmou
que Israel estava fornecendo a Gaza de 109% a 157% de suas necessidades
calóricas diárias. Não há fome.
Quando os
corpos de seis reféns israelenses recém-executados pelo Hamas foram encontrados
em um túnel em Gaza em setembro, Eden Yerushalmi, de 24 anos, pesava apenas 36
kg. Isso é fome. Quando o corpo de Sinwar foi recuperado, não havia sinais de
que ele não estava comendo. Se os "habitantes comuns de Gaza" estão
sofrendo, isso tem a ver com o Hamas roubando a ajuda e vendendo-a a preços
inflacionados para pagar seus terroristas.
Através
destas ações destes tribunais, estamos testemunhando uma profunda desordem, uma
inversão moral do Ocidente. Quando os judeus novamente se tornaram alvos de
assassinato racista, estes tribunais foram atrás dos judeus, das vítimas.
Quando os próprios valores do mundo civilizado foram derrubados pelos
estupradores e racistas do Hamas, eles essencialmente recompensaram o Hamas
concordando com ele que o estado que ele odeia é de fato o pior vilão.
Estes são os
primeiros mandados de prisão contra um líder de um estado ocidental
democrático, mas é improvável que sejam os últimos. Estes terroristas para quem
sequestro e assassinato são um modo de vida, também sequestraram os órgãos
internacionais. É urgente que o mundo democrático olhe quem o tribunal está protegendo–
os jihadistas do Hamas, e minando o direito de Israel à autodefesa e encorajando o Irã e seus proxies. Uma verdadeira farsa
da justiça.
Um artigo do Telegraph no início desta semana destacou as
implicações desta decisão do TPI, afirmando: “A acusação de crimes de guerra contra os
líderes de Israel levanta questões profundas sobre a capacidade das democracias
de se defenderem”. Desde o ataque brutal do Hamas em 7 de outubro, Israel tem
se envolvido em medidas de autodefesa alinhadas com a lei internacional,
visando infraestrutura terrorista.
Será que a Grã-Bretanha
e seus aliados teriam prevalecido se Winston Churchill tivesse enfrentado o
espectro das acusações de crimes de guerra? Sim porque acreditem, Adolf Hitler
acusou Winston Churchill e os outros líderes aliados, de crimes de guerra
durante a Segunda Guerra Mundial.
A decisão do
Tribunal Penal Internacional recompensa o extremismo, mina a estabilidade do
Oriente Médio e encoraja aqueles que buscam a destruição de Israel. É um
lembrete gritante que o que começa com os judeus, nunca termina com os judeus.
Não vamos esquecer que para estes terroristas islâmicos, Israel é só o pequeno
Satã. O grande Satã é os Estados Unidos e o resto do Ocidente.