Sunday, December 2, 2018

Outra Patética Votação na ONU Contra Israel - 02/12/2018


Ontem fiquei tentando verificar a votação que aconteceu na Assembleia Geral da ONU na sexta-feira. A página de busca de resoluções da organização é complicada e você tem que colocar o número da resolução com os símbolos apropriados, se não a busca não dá resultados. Aí fui na busca avançada e tentei várias coisas até colocar somente Israel como palavra-chave. Para minha surpresa, surgiu um aviso dizendo que o site não podia indexar os resultados porque o numero máximo havia sido excedido. Em outras palavras, o número de resoluções envolvendo Israel implode o próprio site da Assembleia Geral da ONU.

Isto porque Israel, desde a sua criação, foi alvo de mais resoluções do que todos os outros países do mundo. E nesta sexta-feira foram aprovadas outras 6 resoluções. É o circo anual que passa aqui por Nova Iorque e nem é mais noticia. Mas precisaria ser.

Mais uma vez a Assembleia Geral das Nações Unidas negou a soberania israelense sobre Jerusalém e ignorou os laços judeus com o local mais sagrado, o Monte do Templo. Não é preciso lembrar que ao negar os laços judaicos com Jerusalem, a ONU está também negando os laços cristãos com a cidade santa. Jesus nasceu, cresceu, pregou e morreu como judeu. As escavações arqueológicas provam a presença judaica na cidade e no Monte do Templo, mas o mundo, incluindo o Brasil, querem o "respeito pelo status quo histórico nos locais sagrados de Jerusalém, incluindo o Haram al-Sharif, na palavra e na prática". Este foi o texto de uma das resoluções da sexta. Até o ano passado, eles usavam o termo Monte do Templo/Haram al-Sharif. Mas este ano resolveram parar com o seu pc e passar a chamar o local só pela designação islâmica.

Aliás, vamos falar um pouco sobre este nome. Haram al-Sharif significa o Nobre Santuário. Este Nobre Santuário não é a mesma coisa que a Mesquita Al-Aqsa que foi construída no local. Os muçulmanos recentemente começaram a dizer que este é o terceiro mais sagrado local do islamismo e porque? Por que de acordo com o Al-Corão na Sura 17:1 está escrito que Maomé fez uma jornada à noite da sagrada mesquita, isto é, de Meca, até a mais longínqua mesquita. Longínqua em árabe é al-aqsa. Só que durante a vida de Maomé não haviam mesquitas fora da Arabia e esta em Jerusalem começou a ser construída no ano de 705. Só que Maomé morreu em 8 de junho de 632! Ou seja a suposta mesquita para a qual ele teria viajado em seu sonho, iria começar a ser construída 73 anos após a sua morte. Temos esta estória do Corão contra as milhares de descobertas arqueológicas físicas, remontando ao primeiro templo de Salomão e quem o mundo escolhe acreditar?   

A resolução também declara que “quaisquer ações tomadas por Israel, a potência de ocupação, para impor suas leis, jurisdição e administração na Cidade Santa de Jerusalém são ilegais e, portanto, nulas e sem validade. Finalmente, o texto conclama "a Israel a cessar imediatamente todas essas medidas ilegais e unilaterais". Então gente. Entendem agora quando os palestinos dizem que a designação de Jerusalem como capital de Israel é contra a lei internacional? É essa porcaria aí... Sim porque uma votação de países antissemitas, anti-Israel, anti-ocidente são sempre a maioria e absurdos como este são aprovados ano após ano.

Aceitar se submeter a isto seria para qualquer país uma desistência de sua própria soberania. E o que acontece com Israel nunca para com Israel. Imaginem se amanhã a ONU decidir internacionalizar a Amazônia porque é como dizem, o pulmão do mundo? O Brasil vai dizer: claro, venham pegar? Acho que não...

Outra resolução aprovada na sexta foi o texto sobre o boicote dos assentamentos pedindo aos Estados membros que “não prestem ajuda ou assistência a atividades ilegais de assentamento, inclusive para não fornecer assistência a Israel para ser usado especificamente em assentamentos nos territórios ocupados. Enfim, foram aprovadas seis resoluções pró-palestina e anti-Israel incluindo uma mandando Israel se retirar dos Altos do Golan para deixar, vejam só, a Síria retomar o território. Chega a ser kafkiano.

Estas resoluções são parte do encontro anual para comemorar o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino que ocorre no dia 29 de novembro a cada ano. Ora, no dia 29 de Novembro de 1947 foi quando a ONU, liderada por nosso gaúcho Oswaldo Aranha votou a partilha da Palestina em um estado judeu e outro árabe. Votação essa categoricamente rejeitada unanimemente pelos árabes. Então vejam só. O dia em que os árabes rejeitaram, denunciaram e avisaram que iriam violar a resolução da ONU se tornou o dia em que a ONU comemora a cada ano, sua solidariedade a eles. Não dá para acreditar.

Mas os árabes, ao longo dos anos, reconheceram a palhaçada que é a ONU e a usam ao seu bel-prazer. Não é de espantar, apesar de sim espantar, que o Hamas – sim, o grupo terrorista que comanda Gaza - na semana passada, tenha pedido às Nações Unidas que apoiem ​​seu direito de usar armas contra Israel em uma carta que o líder do grupo terrorista Ismail Haniyeh escreveu à presidente da Assembleia Geral da ONU, Maria Fernanda Spinosa. Ele falou sobre uma resolução dos EUA condenando o lançamento de foguetes do Hamas contra Israel. “Reiteramos o direito de nosso povo se defender e resistir à ocupação, por todos os meios disponíveis, incluindo a resistência armada, garantida pela lei internacional”, escreveu Haniyeh.

Em sua carta Hanyiah diz que “a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou dezenas de resoluções que afirmam o direito dos povos à independência, autodeterminação e luta por todos os meios disponíveis, pacíficos e não pacíficos. A ONU destacou o povo palestino em dezenas de resoluções relevantes, incluindo 2621, 2649, 2787 e 3236 ”, disse ele.

O embaixador de Israel na ONU Danny Danon disse em resposta: "O Hamas fala sobre o direito internacional enquanto dispara foguetes contra populações civis, detém os corpos de soldados e cidadãos israelenses e usa seu próprio povo como escudos humanos". "O Hamas pedir a assistência da ONU é como um assassino em série pedir assistência da polícia para continuar matando disse Danon. E pior, em sua carta, o Hamas se apresentou como um representante legítimo do povo palestino e também falou sobre a rejeição de qualquer reivindicação israelense a qualquer parte do território, seja na Judeia ou Samaria ou em Israel própria, dizendo que os palestinos tem o direito de se defender da ocupação racista e contínua por mais de 70 anos.

Como dizemos aqui, a chutzpah, a cara de pau, não tem limites e é tudo visto de modo mundo mundano pela ONU. É normal hoje que um grupo terrorista procure a ONU para legitimar seu terrorismo contra um estado constituído.

Uma hipocrisia revoltante. Enquanto o Irã continua suas manobras para dominar o Oriente Médio, lançando guerras e organizando ataques de terror na Europa, os europeus se reúnem para planejarem meios de contornar as sanções americanas contra os ayatolás. A Síria, com o apoio do Irã continua a massacrar seu povo, a Hezbollah, do Irã, continua a ameaçar o norte de Israel, e o Hamas, financiado pelo Irã, continua a atacar o sul do país. Isto sem falar do Iêmen e o que o Irã está fazendo na Venezuela e outros países da America do Sul inclusive no Brasil. Milhares de conflitos e refugiados ao redor do mundo, ainda assim, o que ocupa a ONU é atacar Israel, atacar sua legitimidade e os próprios fundamentos da existência do povo judeu.

Nestes momentos revoltantes, a única coisa que podemos esperar é que no ano que vem a voz do Brasil mude. Que ela se una aos que denunciam esta hipocrisia e coloque o país do lado correto da história.



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