Ontem fiquei tentando verificar a votação que aconteceu na Assembleia Geral
da ONU na sexta-feira. A página de busca de resoluções da organização é complicada
e você tem que colocar o número da resolução com os símbolos apropriados, se
não a busca não dá resultados. Aí fui na busca avançada e tentei várias coisas
até colocar somente Israel como palavra-chave. Para minha surpresa, surgiu um
aviso dizendo que o site não podia indexar os resultados porque o numero máximo
havia sido excedido. Em outras palavras, o número de resoluções envolvendo
Israel implode o próprio site da Assembleia Geral da ONU.
Isto
porque Israel, desde a sua criação, foi alvo de mais resoluções do que todos os
outros países do mundo. E nesta sexta-feira foram aprovadas outras 6
resoluções. É o circo anual que passa aqui por Nova Iorque e nem é mais
noticia. Mas precisaria ser.
Mais
uma vez a Assembleia Geral das Nações Unidas negou
a soberania israelense sobre Jerusalém e ignorou os laços judeus com o local mais
sagrado, o Monte do Templo. Não é preciso lembrar que ao negar os laços
judaicos com Jerusalem, a ONU está também negando os laços cristãos com a
cidade santa. Jesus nasceu, cresceu, pregou e morreu como judeu. As escavações
arqueológicas provam a presença judaica na cidade e no Monte do Templo, mas o
mundo, incluindo o Brasil, querem o "respeito pelo status quo histórico
nos locais sagrados de Jerusalém, incluindo o Haram al-Sharif, na palavra e na
prática". Este foi o texto de uma das resoluções da sexta. Até o ano
passado, eles usavam o termo Monte do Templo/Haram al-Sharif. Mas este ano
resolveram parar com o seu pc e passar a chamar o local só pela designação islâmica.
Aliás, vamos
falar um pouco sobre este nome. Haram al-Sharif significa o Nobre Santuário. Este
Nobre Santuário não é a mesma coisa que a Mesquita Al-Aqsa que foi construída
no local. Os muçulmanos recentemente começaram a dizer que este é o terceiro
mais sagrado local do islamismo e porque? Por que de acordo com o Al-Corão na
Sura 17:1 está escrito que Maomé fez uma jornada à noite da sagrada mesquita,
isto é, de Meca, até a mais longínqua mesquita. Longínqua em árabe é al-aqsa.
Só que durante a vida de Maomé não haviam mesquitas fora da Arabia e esta em
Jerusalem começou a ser construída no ano de 705. Só que Maomé morreu em 8 de
junho de 632! Ou seja a suposta mesquita para a qual ele teria viajado em seu
sonho, iria começar a ser construída 73 anos após a sua morte. Temos esta
estória do Corão contra as milhares de descobertas arqueológicas físicas,
remontando ao primeiro templo de Salomão e quem o mundo escolhe acreditar?
A
resolução também declara que “quaisquer ações tomadas por Israel, a potência de
ocupação, para impor suas leis, jurisdição e administração na Cidade Santa de
Jerusalém são ilegais e, portanto, nulas e sem validade. Finalmente, o texto
conclama "a Israel a cessar imediatamente todas essas medidas ilegais e
unilaterais". Então gente. Entendem agora quando os palestinos dizem que a
designação de Jerusalem como capital de Israel é contra a lei internacional? É
essa porcaria aí... Sim porque uma votação de países antissemitas, anti-Israel,
anti-ocidente são sempre a maioria e absurdos como este são aprovados ano após
ano.
Aceitar
se submeter a isto seria para qualquer país uma desistência de sua própria
soberania. E o que acontece com Israel nunca para com Israel. Imaginem se
amanhã a ONU decidir internacionalizar a Amazônia porque é como dizem, o pulmão
do mundo? O Brasil vai dizer: claro, venham pegar? Acho que não...
Outra resolução
aprovada na sexta foi o texto sobre o boicote dos assentamentos pedindo aos
Estados membros que “não prestem ajuda ou assistência a atividades ilegais de
assentamento, inclusive para não fornecer assistência a Israel para ser usado
especificamente em assentamentos nos territórios ocupados. Enfim, foram
aprovadas seis resoluções pró-palestina e anti-Israel incluindo uma mandando
Israel se retirar dos Altos do Golan para deixar, vejam só, a Síria retomar o
território. Chega a ser kafkiano.
Estas
resoluções são parte do encontro anual para comemorar o Dia Internacional de
Solidariedade ao Povo Palestino que ocorre no dia 29 de novembro a cada ano.
Ora, no dia 29 de Novembro de 1947 foi quando a ONU, liderada por nosso gaúcho
Oswaldo Aranha votou a partilha da Palestina em um estado judeu e outro árabe.
Votação essa categoricamente rejeitada unanimemente pelos árabes. Então vejam
só. O dia em que os árabes rejeitaram, denunciaram e avisaram que iriam violar
a resolução da ONU se tornou o dia em que a ONU comemora a cada ano, sua
solidariedade a eles. Não dá para acreditar.
Mas os
árabes, ao longo dos anos, reconheceram a palhaçada que é a ONU e a usam ao seu
bel-prazer. Não é de espantar, apesar de sim espantar, que o Hamas – sim, o
grupo terrorista que comanda Gaza - na semana passada, tenha pedido às Nações
Unidas que apoiem seu direito de usar armas contra Israel em uma carta que o
líder do grupo terrorista Ismail Haniyeh escreveu à presidente da Assembleia
Geral da ONU, Maria Fernanda Spinosa. Ele falou sobre uma resolução dos EUA
condenando o lançamento de foguetes do Hamas contra Israel. “Reiteramos o
direito de nosso povo se defender e resistir à ocupação, por todos os meios
disponíveis, incluindo a resistência armada, garantida pela lei internacional”,
escreveu Haniyeh.
Em sua
carta Hanyiah diz que “a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou dezenas de
resoluções que afirmam o direito dos povos à independência, autodeterminação e
luta por todos os meios disponíveis, pacíficos e não pacíficos. A ONU destacou
o povo palestino em dezenas de resoluções relevantes, incluindo 2621, 2649,
2787 e 3236 ”, disse ele.
O
embaixador de Israel na ONU Danny Danon disse em resposta: "O Hamas fala
sobre o direito internacional enquanto dispara foguetes contra populações
civis, detém os corpos de soldados e cidadãos israelenses e usa seu próprio
povo como escudos humanos". "O Hamas pedir a assistência da ONU é
como um assassino em série pedir assistência da polícia para continuar matando disse
Danon. E pior, em sua carta, o Hamas se apresentou como um representante
legítimo do povo palestino e também falou sobre a rejeição de qualquer
reivindicação israelense a qualquer parte do território, seja na Judeia ou
Samaria ou em Israel própria, dizendo que os palestinos tem o direito de se
defender da ocupação racista e contínua por mais de 70 anos.
Como
dizemos aqui, a chutzpah, a cara de pau, não tem limites e é tudo visto de modo
mundo mundano pela ONU. É normal hoje que um grupo terrorista procure a ONU para
legitimar seu terrorismo contra um estado constituído.
Uma
hipocrisia revoltante. Enquanto o Irã continua suas manobras para dominar o
Oriente Médio, lançando guerras e organizando ataques de terror na Europa, os
europeus se reúnem para planejarem meios de contornar as sanções americanas
contra os ayatolás. A Síria, com o apoio do Irã continua a massacrar seu povo,
a Hezbollah, do Irã, continua a ameaçar o norte de Israel, e o Hamas,
financiado pelo Irã, continua a atacar o sul do país. Isto sem falar do Iêmen e
o que o Irã está fazendo na Venezuela e outros países da America do Sul
inclusive no Brasil. Milhares de conflitos e refugiados ao redor do mundo,
ainda assim, o que ocupa a ONU é atacar Israel, atacar sua legitimidade e os
próprios fundamentos da existência do povo judeu.
Nestes
momentos revoltantes, a única coisa que podemos esperar é que no ano que vem a
voz do Brasil mude. Que ela se una aos que denunciam esta hipocrisia e coloque
o país do lado correto da história.
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