Sunday, August 22, 2010

Mesquita no World Trade Center

Mais uma vez o presidente Barack Obama mostrou que não conhece o povo que ele lidera e de modo arrogante, quis dar uma lição de direito constitucional que qualquer adolescente americano sabe de cor.

Estou falando sobre à mesquita que a liderança muçulmana quer construir a dois quarteirões do lugar aonde antes de 11 de setembro de 2001 estavam as torres do World Trade Center.

No jantar que ele deu em honra ao jejum de Ramadan, para agradar sua audiência, sem dúvida, Obama disse que muçulmanos nos Estados Unidos gozam da proteção da primeira emenda à Constituição que garante liberdade de culto e que assim podem construir suas mesquitas em qualquer lugar, em propriedade particular. Ele terminou dizendo que na América, o comprometimento com a liberdade deve ser inabalável. Como aula para aluno de quinta série, realmente foi bem dada e todos os americanos sabem disso.

Como presidente dos Estados Unidos ele não precisava nem ter entrado no assunto. Afinal, este debate está sendo conduzido pelas autoridades da cidade de Nova Iorque e não na esfera federal. Mas ao querer expressar sua opinião sobre o assunto, Obama nacionalizou e até internacionalizou a polêmica. No dia seguinte de sua malfadada declaração, um reporter perguntou a ele se ele então apoiava a construção da mesquita na sombra das antigas torres. Ele disse que não queria discutir a sabedoria dos muçulmanos em terem escolhido aquele local.

Bem, vejamos a sabedoria da escolha.

Como já foi publicado, o projeto de construção desta mesquita tinha como nome “Iniciativa Córdoba”. Interessante eles terem pego o nome de uma cidade da Espanha, não? O que tem à ver? Para quem se interessa por história, Córdoba foi uma das cidades do sul da Espanha, da Andalusia, conquistada pelos mouros. A igreja local de São Vicente foi destruida e no seu lugar, foi construida a maior mesquita do jugo mouro na Espanha. Depois da expulsão dos mouros em 1236, a mesquita foi convertida numa catedral hoje conhecida por Nossa Senhora da Assunção.

Os muçulmanos têm como modus operandi, construir mesquitas em seus locais de vitória. O nome Córdoba aplicado à esta mesquita em particular denota a intenção destes muçulmanos de colocarem um monumento de vitória no que hoje é considerada terra santa pelas familias que perderam seus entes queridos nos ataques de 11 de setembro. O nome escolhido foi talvez vingança à perda de Córdoba e a expulsão dos muçulmanos da Europa na época.

Quando eu cito o que o próprio Bin Laden disse para justificar a criação da Al-Qaeda, pouca gente escuta. Ele foi muito claro. Seu objetivo é o de reconquistar as terras muçulmanas perdidas, inclusive o sul da Espanha e expandir para o Oeste. Para ele, o maior desastre que aconteceu na história dos muçulmanos foi o desmantelamento do Califado do Império Otomano depois da primeira guerra mundial e isto precisa ser corrigido. Assim, não é Israel, ou os Estados Unidos ou a União Européia. É qualquer um que seja um obstáculo para a expansão muçulmana.

Depois de muita controvérsia, o líder da Iniciativa Córdoba, o imam Feisal Abdul-Raouf, decidiu chamar o lugar simplesmente de Park 51, o endereço do local.

Agora vamos ver quem é este imam. Abdul-Raouf é um clérico sunita, que se recusa a dizer que o Hamas e a Hezbollah são grupos terroristas e que na semana seguinte ao 11 de setembro, numa entrevista para a ABC, disse que o ataque terrorista havia sido engendrado pelos Estados Unidos. Ele disse que os Estados Unidos e o Ocidente deveriam reconhecer o dano que fizeram para os muçulmanos antes que o terrorismo chegasse a um fim. E que os americanos foram responsávels pela morte de muitos inocentes no mundo. Que Bin Laden era produto direto da política americana.

É claro, se os Estados Unidos estão aí para promover a democracia mundo à fora, direitos iguais para as mulheres, para minorias, que é contrário aos ensinamentos islâmicos wahabistas, é lógico que os Estados Unidos estão bloqueando o avanço do islamismo e por isso ganharam o título de Grande Satã.

Outro aspecto interessante, é que este imam anunciou que este será um projeto de 100 milhões de dólares. Que além da mesquita o prédio terá um centro cultural, um auditório, uma biblioteca, uma livraria, uma piscina e outras amenidades. Só que a entidade de caridade que está levando à frente o projeto, só tem declarado para o imposto de renda americano, $18 mil dólares.

Quando perguntado de onde viriam os fundos necessários para a construção, Abdul Raouf disse que não iria revelar e que por lei ele não precisava revelar. Interessante que para sua audiência islâmica ele disse numa entrevista que todo o dinheiro seria bem vindo, inclusive do governo do Irã e da Arabia Saudita de onde vieram 15 dos 19 terroristas do 11 de setembro.

O mais impressionante é que o Departamento de Estado Norte-Americano convidou Raouf para um tour pelo Oriente Médio, não para que ele angarie fundos para seu projeto, mas para mostrar a face islamica dos Estados Unidos na região. Tudo pago com dinheiro dos contribuintes. Mas ninguém proibiu Raouf de, na volta, ligar para os políticos e milionários que ele conhecerá através do governo americano e pedir dinheiro para o projeto.

Outro ponto interessante é que um centro comunitário desta magnitude seria imprescindível para a enorme comunidade muçulmana do sul da ilha de Manhattan. O problema é que não há comunidade muçulmana no sul da ilha de Manhattan. A zona é industrial e de escritórios. Os muçulmanos estão concentrados em Brooklyn, do outro lado do rio. Assim, para terem acesso ao centro a maioria dos muçulmanos terão que viajar pelo menos uma hora de trem para chegarem ao local.

Muitos muçulmanos moderados, especialmente os sufistas, que se opõe aos ensinamentos wahabistas da Arabia Saudita que hoje são a norma, também são contra a construção da mesquita no local. Eles entendem que não é uma questão de direito. É uma questão de sensibilidade.

O Dr. Zuhdi Jasser, do Forum Americano Islamico pela Democracia, disse numa entrevista para a Fox News que está claro para ele e outros muçulmanos, o propósito desta mesquita. E é o de plantar um monumento de vitória para os terroristas do 11 de setembro. Se não, seria melhor construir 100 mesquitas em todos os Estados Unidos de 1 milhão de dólares cada uma, para promover a compreensão do islamismo no país.

Até o governador do Estado de Nova Iorque publicamente interviu e pediu à estes líderes para reconsiderarem o projeto naquele local. Ele ofereceu imóveis pertencentes ao Estado mais ao norte na própria Ilha de Manhattan e o pedido foi recusado.

A lógica de Raouf e dos que o apoiam é que este centro será usado para criar pontes com os não muçulmanos e também para honrar os muçulmanos que morreram no ataque de 11 de setembro. O que eles não esclarecem é se os muçulmanos em questão são as vítimas ou os terroristas.

Como disse, não é uma questão de direito. De acordo com todas as leis americanas, os muçulmanos, ao comprarem a propriedade em questão, têm todo o direito de construir a mesquita. Mas ao mesmo tempo em que eles exigem de nós, não-muçulmanos, que sejamos compreensivos e tolerantes com a religião islâmica, eles não têm qualquer problema em serem intolerantes e colocarem sal nas feridas das familias que perderam entes queridos pulverizados nos ataques.

É como eu disse: uma questão de sensibilidade. Quando os judeus reclamaram do projeto de um monastério de freiras em Auschwitz, o mundo apoiou os judeus dizendo que não seria apropriado. Imaginem se os alemães quisessem construir um monumento a seus soldados mortos na segunda guerra no Gueto de Varsóvia. Ou então, construir um monumento aos soldados japones em Pearl Harbor. Você tem o direito se comprar a propriedade? Claro que tem… Mas é aconselhável? É uma mostra de sensibilidade para com as familias das vítimas?

Como acham que se sentirão os enlutados, pais, mães, irmãos, irmãs, esposos, filhos e filhas daqueles que pereceram, ao visitarem o local e escutarem o chamado à prece de Allah Uakbar nos alto-falantes da mesquita? Sim, porque uma vez que a mesquita for construida, terá o direito de proclamar 5 vezes ao dia o chamado à prece em alto-falantes.

O que o governo de Obama fez mais uma vez, de modo extremamente arrogante, foi de alienar o povo que votou nele, basicamente dizendo que o povo não entende nada e ele conhece a Constituição dos Estados Unidos. Nancy Pelosi, a porta-voz do Congresso e mascote de Obama, chegou a dizer que gostaria que houvesse uma investigação daqueles que se opõem à construção da mesquita.

A consequencia para Obama é que foi publicada nesta semana, uma pesquisa feita antes da controvérsia que mostra que os americanos não acreditam que Obama seja cristão e que de fato ele é um muçulmano enrustido.

A consequencia para Nova Iorque é que já há um movimento que quer boicotar a construção do local. Isto não teria maiores consequencias se o movimento não fosse organizado pelos próprios sindicatos dos construtores civis. Estes trabalhadores, que monopolizam a construção civil em Nova Iorque, simplesmente se recusaram a trabalharem no projeto e organizaram uma passeata monstro na frente do prédio da mesquita hoje às 11 da manhã. Eles também dizem que não têm qualquer problema com a mesquita ou as rezas, mas o simbolismo atrás deste projeto.

Assim, em vez de ouvir e assegurar os americanos tradicionais que formam a maioria do eleitorado, Obama conseguiu criar mais tensões ao chama-los de intolerantes. Mais uma vez Obama se recusa a reconhecer o terrível crime que os islamistas perpetraram na América. Assim, só esperemos que depois de toda esta pressão, a razão chegue para estes que estão por trás deste projeto e que eles tomem a decisão correta de mudar o local deste centro comunitário.

1 comment:

  1. E depois dizem que Barack Hussein Obama nao eh muculmano!!!

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